3 de março de 2009

Notas soltas de António Vitorino

Eu acho que o António Vitorino diz quase sempre umas coisas cheias de bom-senso e de lógica, com as quais tenho uma enorme dificuldade em discordar. A única coisa de que não gosto nele é daquele ar todo sabedor que apresenta, de quem diz sempre as coisas mais certas de todas, com as quais é uma perfeita estupidez não concordar. Podia ter um ar mais humilde e, pelo menos, fingir que pode não ter sempre razão, mesmo que a tenha. Ficava-lhe bem.

O que também lhe ficava bem era arranjar os dentes. Não fica bem dizer isto assim, pois não? Não é bonito gozar assim com os dentes de um homem. Perdão, de um homenzinho. Ele não tem culpa de ter os dentes defeituosos. Não tem culpa de ter uma daquelas bocas estranhas em que parecem não existir dentes no maxilar superior… ou em que os dentes são tão minúsculos, uns mini-dentes, que nem se vêm. E que nem dão para mastigar? Ora aqui está uma dúvida pertinente: o António Vitorino tem ou não dificuldades em mastigar? Bem, avaliando pela ultra-facilidade que ele tem em falar (uma das coisas que também se faz com a boca e em que os dentes também interferem), não me parece que ele tenha problemas em fazer a boca dele fazer bem as coisas que habitualmente as bocas fazem.

E que mais coisas fará ele bem com aquela boquinha recheada de mini-dentinhos?

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