Outro sonho

Hoje tive um sonho muito esquisito. Eu era eu em modo super-mulher! Mas só me deu para arrancar portas de automóveis. Eu explico:

Andava eu pela rua, cheia de frio, nas traseiras do meu prédio. Então, resolvi arrancar a porta de um carro para me cobrir, como se de uma manta se tratasse. Aproximei-me de um jipe azul escuro, estacionado, e abri a porta do condutor mas, surpresa, estava lá uma pessoa dentro, que me olhou espantada. Pensei cá para comigo: Não vou arrancar esta porta, não seria educado... Olhei para o lado e lá estava um outro veículo, vazio de gente. E assim, concretizei a ideia, arranquei a porta, pu-la pelos ombros, torci-lhe as abas para me enroscar melhor e fui para casa. Entretanto, o meu modesto apartamento transformou-se numa vivenda de dois andares onde, em cima, vivam apenas pretos e mulatos e, em baixo, mulheres brancas que se dedicavam à limpeza, à culinária, ao tratamento do jardim. Nem os de cima conheciam os de baixo nem os de baixo conheciam os de cima. Desci, de um andar para o outro, por umas escadas estreitíssimas, o corrimão no meio delas, a dividi-las em dois, tornando-as ainda mais estreitas.

E terminou. É isto.